Internacional Economia
China Suspende embarques de Soja de 5 empresas brasileiras
Veja as empresas atingidas pela medida, ainda à espera de notas oficiais
23/01/2025 13h40 Atualizada há 2 meses
Por: Clipping Diário
Embarque de soja no Porto de Santos, em São Paulo Leia mais em: https://forbes.com.br/forbesagro/2025/01/china-suspende-embarques-de-soja-de-5-empresas-brasileiras/

O Brasil, maior exportador mundial de oleaginosas, suspendeu desde 8 de janeiro os embarques para a China das empresas Terra Roxa Comércio de Cereais, Olam Brasil e C.Vale Cooperativa Agroindustrial, disse uma das fontes.

Em 14 de janeiro, a alfândega chinesa suspendeu os embarques da Cargill Agrícola SA e da ADM do Brasil, acrescentou a fonte. Houve preocupações depois que algumas cargas foram encontradas com contaminação química, pragas ou insetos, disseram fontes. 

Uma das fontes disse que desde 8 de janeiro, o Brasil embarques para a China das empresas Terra Roxa Comércio de Cereais, Olam Brasil e C.Vale Cooperativa Agroindustrial.

As controladoras das empresas afetadas não responderam imediatamente a pedidos de comentários. A Administração Geral das Alfândegas da China não respondeu a pedido de comentário.

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“Quando tentamos processar o desembaraço no site da alfândega para a soja enviada por essas cinco empresas, não conseguimos prosseguir”, disse a segunda fonte, um trader de uma esmagadora de soja sediada na China.

Não ficou claro quanto tempo a suspensão durará, embora traders tenham dito que esperam que seja de curto prazo. “Depende principalmente da rapidez com que as empresas brasileiras possam fornecer provas de que descobriram o que de errado levou a essas inconformidades, e apresentar um plano para corrigir isso”, disse a primeira fonte. A China compra mais de 60% da soja embarcada em todo o mundo. O Brasil é seu principal fornecedor.

A suspensão ocorre no momento em que o Brasil, maior exportador mundial de oleaginosas, vem reforçando sua participação na China, às custas do segundo maior exportador, os Estados Unidos.

O Ministério da Agricultura do Brasil disse que a notificação de “não-conformidade” que recebeu da Administração Geral das Alfândegas da China refere-se a cinco empresas brasileiras, que não foram identificadas pela pasta.

“Quando tentamos processar o desembaraço no site da alfândega para a soja enviada por essas cinco empresas, não conseguimos prosseguir”, disse a segunda fonte, um trader de uma esmagadora de soja sediada na China.

O Ministério da Agricultura brasileiro disse que autoridades chinesas detectaram a presença de soja com revestimento de pesticidas e de pragas quarentenárias nos carregamentos em monitoramentos de rotina.

A pasta disse que as exportações globais de soja do Brasil para a China “não serão afetadas”, acrescentando que fornecerá as informações necessárias para a China reverter as suspensões temporárias.

A China, que compra mais de 60% da soja embarcada em todo o mundo, agora obtém mais de 70% das suas importações da oleaginosa no Brasil, que vem consumindo a fatia de mercado dos EUA. O país importou um recorde de 105 milhões de toneladas de soja em 2024.

Com preocupações com novas tensões comerciais entre Washington e Pequim, a China garantiu no Brasil quase toda sua soja para embarque no primeiro trimestre, antes da posse de Donald Trump como presidente.

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“Isso pode se tornar um grande problema se não encontrarem uma solução logo”, disse um trader baseado no Brasil sob condição de anonimato. Ele disse que a eficiência das operações portuárias é crucial para manter o fluxo dos produtos.

A suspensão atingiu unidades de alguns dos maiores fornecedores de soja para a China. “Estamos levando isso a sério”, disse à Reuters um funcionário de uma das empresas afetadas. Ele não quis ser identificado devido à sensibilidade do assunto.

 

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