Hemopa realiza campanha de carnaval e pode beneficiar mais de 2.700 pessoas no Pará

A Fundação Hemopa iniciou, no sábado (22), a campanha “Doe Sangue e Faça a Festa da Vida”, com o objetivo de reforçar os estoques de sangue antes do Carnaval, período em que as doações costumam diminuir devido às festas e viagens. A ação acontece de 22 a 28 de fevereiro e conta com uma programação especial, incluindo atrações culturais, brindes para doadores e serviços de prevenção em saúde.

No primeiro dia de campanha, a Fundação Hemopa registrou 389 comparecimentos e 314 bolsas de sangue coletadas na sede em Belém. No interior do estado, o Hemonúcleo de Capanema recebeu 82 doadores, resultando na coleta de 75 bolsas de sangue. Já no sul do Pará, o Hemonúcleo de Redenção realizou uma campanha no município de Cumaru do Norte, onde 96 doadores compareceram e 81 bolsas de sangue foram coletadas.

O Hemocentro de Marabá também promoveu uma campanha de doação de sangue em Parauapebas, que contou com 239 comparecimentos e 212 bolsas coletadas.

Ao todo, a campanha já coletou 682 bolsas de sangue em Belém e no interior, o que representa um impacto significativo na rede de saúde pública do estado. Como cada bolsa pode beneficiar até quatro pacientes, estima-se que 2.728 pessoas sejam atendidas com hemocomponentes em todo o Pará.

O presidente da Fundação Hemopa, Paulo Bezerra, destacou a importância da campanha para garantir o abastecimento durante o feriado. “O evento visa incentivar a doação de sangue antes do Carnaval, garantindo que os foliões aproveitem a festa sabendo que contribuíram para salvar vidas.” Ele ressaltou ainda a necessidade de reforçar os estoques, uma vez que a demanda aumenta no período: “Estimamos um crescimento de mais de 300 doações diárias, o que nos possibilita atender cerca de 1.200 transfusões nesse período. Intensificamos campanhas, ampliamos os horários de atendimento e mobilizamos a população para manter os estoques regulares.”

A campanha conta com diversas atividades para engajar a população. No dia 22 de fevereiro, a abertura foi marcada por uma grande roda de samba e Carnaval no estacionamento frontal do Hemopa, com apresentações do Grupo Fé do Batuque, Bloco Brasileirinho, Diego Xavier, Pagode das Meninas e GRCC Deixa Falar. Além disso, os doadores podem participar da customização de camisas carnavalescas, promovida pelo Curso de Moda do Senac, e aproveitar serviços de maquiagem e penteados temáticos.

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A Gerente de Captação de Doadores do Hemopa, Juciara Farias, reforçou o convite à população. “Queremos chamar a atenção para a importância de doar sangue, garantindo atendimento adequado durante o Carnaval e promovendo saúde para quem precisa. A campanha está apenas começando, e é fundamental que os doadores, tanto os de primeira vez quanto os de repetição, participem.” Ela concluiu com um apelo: “Vamos fazer a festa de um paciente, doando sangue.”

Além das atividades culturais, a campanha também oferece aos doadores um lanche especial, brindes como camisas e preservativos, além de ações de prevenção em saúde.

Parcerias fortalecem a campanha- A iniciativa conta com a colaboração de diversos parceiros, como os clubes de futebol Paysandu e Tuna Luso Brasileira, que incentivam seus torcedores a participarem da campanha. Instituições de ensino como o SENAC e a Esamaz também estão envolvidas.

A instrutora do segmento de moda do SENAC, Vaine Cunha, destacou a importância da parceria com o Hemopa. “É o segundo ano que participamos dessa campanha. Além de incentivar as pessoas a doarem sangue, a customização das camisetas também promove o trabalho dos nossos alunos de moda.”

A coordenadora do curso técnico de enfermagem da Esamaz, Malena Menezes, ressaltou a relevância da campanha no período de Carnaval. “O Carnaval é um momento de muita alegria, mas também sabemos que os estoques de sangue diminuem significativamente. Muitos acidentes e o aumento do contato entre as pessoas acabam favorecendo doenças e, consequentemente, a necessidade maior de sangue.” Ela também destacou a importância da participação dos alunos: “Essa experiência ajuda a formar profissionais mais humanos, engajados na importância da doação.”

Interior também reforça doações- A Diretora Técnica do Hemopa, Dra. Larissa França, enfatizou a abrangência da campanha, que ocorre não apenas na capital, mas também no interior do estado. “Nos programamos para atender tanto os pacientes dos hospitais públicos quanto privados. A campanha acontece em todo o Pará, garantindo que os estoques de sangue estejam abastecidos em todos os municípios.” Ela explicou ainda a antecipação da ação: “Sabemos que, durante o Carnaval, muitas pessoas viajam, então antecipamos a campanha para garantir que o estoque seja suficiente para todo o período.”

Entre os doadores, o indígena Nhenhkrj Re Kayapó, agente de saúde na aldeia Gorotire, próxima a Cumaru do Norte, participou da campanha promovida pelo Hemonúcleo de Redenção. Ele destacou a importância do ato solidário e sua motivação para doar. “Meu filho já precisou de sangue, então achei importante contribuir também.”

Ele também relatou sua experiência na doação: “Não achei difícil doar sangue e pretendo continuar doando.”

O engenheiro florestal e torcedor do Paysandu, Matheus Nascimento, falou sobre sua motivação para doar. “Principalmente a vontade de ajudar o próximo. Sei que, com uma bolsa de sangue, posso ajudar até quatro pessoas, e isso é muito importante.”

A servidora pública e torcedora da Tuna Luso Brasileira, Elza Jorge, compartilhou a emoção de participar da campanha: “Eu me sinto muito feliz, porque sei que essa doação pode salvar vidas. E não é só uma pessoa – com uma bolsa de sangue, posso ajudar de uma a quatro vidas.” Doando sangue há mais de 10 anos, ela relembrou como começou nesse ato solidário: “Sempre tive vontade de doar e, quando participei da minha primeira campanha, gostei da experiência. Desde então, continuo doando.”

Serviço- A campanha “Doe Sangue e Faça a Festa da Vida” segue até o dia 28 de fevereiro nas unidades do Hemopa Sede, Castanheira e Metrópole. A expectativa é ampliar o número de doações e garantir estoques regulares de sangue durante o Carnaval.

Texto em colaboração com Felipe Borges (Ascom/Hemopa)