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Como uma startup brasileira detectou o problema antes do aviso da CrowdStrike
Apagão cibernético
23/07/2024 12h31 Atualizada há 2 meses
Por: Clipping Fonte: Revista PN Globo
Halfpoint Images/ Getty Images

A sexta-feira amanheceu diferente por causa da pane que afetou o sistema Windows em todo o mundo, causada por uma atualização do Falcon, da empresa de segurança cibernética CrowdStrike. O episódio levou computadores a ficarem travados em uma tela azul de bug, impactando operações de empresas como aeroportos, hospitais e bancos em todo o mundo. O alerta técnico para a pane foi emitido às 5h30 de hoje (19/7), mas os clientes da startup brasileira Axur ficaram sabendo antes, às 4h15.

Isso foi possível por causa do Polaris, produto direcionado a gerentes de segurança cibernética que utiliza inteligência artificial generativa para detectar alertas e informar, em um relatório, as geografias afetadas e o histórico do problema, trazendo insights do que fazer para resolver a situação.

“O caso de hoje, de falha no próprio sistema de segurança, é mais raro. Mas quando essa falha aparece, alguém explora essa vulnerabilidade. Das quase 100 [falhas] relevantes no último ano, 25% foram exploradas no mesmo dia. A velocidade para corrigir é muito importante”, ressalta Rodrigo Alves, head de produto da Axur.

Lançada no início deste ano, a tecnologia fornece em poucos minutos o que um time de inteligência cibernética demoraria um dia para avaliar e informar em relatório, a partir do monitoramento de 350 fontes ao mesmo tempo. Concebido em parceria com clientes que participaram dos primeiros testes, o Polaris hoje é utilizado por mais de 20 empresas, incluindo Leroy Merlin, Cielo e Gol Linhas Aéreas.