Em uma assembleia marcada pela presença de figuras chave da Autoridade Portuária de Santos (APS) e de dirigentes sindicais, mais de 300 participantes do Fundo de Pensão Portus deram um passo significativo na luta pelos seus direitos. Na reunião realizada nesta segunda-feira (02/09), sob a liderança de Everandy Cirino, foi aprovada uma proposta do Sindaport, que promete um aporte de R$ 1,15 bilhão para mais de oito mil beneficiários, incluindo aposentados e pensionistas em todo o Brasil.
O acordo representa o resultado de uma batalha de duas décadas para garantir os direitos trabalhistas dos participantes do Portus. Anderson Pomini, presidente da APS, destacou que a aprovação do acordo é um reflexo do compromisso do presidente Lula e dos ministros Silvio Costa Filho e Márcio França. "Este esforço jurídico e político, apoiado pelo governo federal, é um reconhecimento ao trabalho árduo daqueles que contribuíram para o desenvolvimento do Porto de Santos.
Mais de 40 mil pessoas no Brasil serão beneficiadas indiretamente por este acordo, com 52% delas vindo de famílias de baixa renda," afirmou Pomini.
O acordo inclui o pagamento do 13º salário de 2020, que não foi pago na época, além de um reajuste de 12,41% nos valores mensais a partir de março deste ano. A partir de janeiro de 2025, os valores serão reajustados conforme os índices nacionais, e o seguro de vida e pensão por falecimento serão reinstaurados. O acordo também permitirá a criação do empréstimo consignado para os associados.
Os beneficiários serão distribuídos por várias regiões do Brasil: 3.949 na Baixada Santista, 592 no Espírito Santo, 1.417 no Rio de Janeiro, 324 no Pará, 574 na Bahia e 1.195 em outros estados. A proposta ainda precisa passar pela tramitação nos órgãos federais, mas a aprovação inicial representa um marco importante para os trabalhadores e suas famílias.
Esta pauta contou com a colaboração do APS.