Infraestrutura Porto de Santos em A
Porto de Santos em Alerta: Semestre alcança recorde de tempo parado devido à neblina
Os efeitos econômicos da paralisação são evidentes
09/09/2024 13h55 Atualizada há 2 meses
Por: Luiz C Oliveira | Redação @jornalportuario
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Santos, 9 de setembro de 2024 – O Porto de Santos, um dos principais centros de carga e de entrada e saída de mercadorias do Brasil, está enfrentando um momento crítico, estabelecendo um recorde preocupante de tempo de inatividade devido à neblina e a outros fatores climáticos.

De acordo com dados recentes, o porto já acumulou mais de 100 horas de paralisação nos últimos seis meses, superando os registros de anos anteriores.

A neblina, fenômeno meteorológico que reduz significativamente a visibilidade, tem sido a principal causa das interrupções. A baixa visibilidade dificulta a movimentação segura dos navios e impacta diretamente o fluxo de acesso e a navegação no porto. Esse período de paralisação tem gerado um efeito dominó nas cadeias de suprimento, afetando desde a indústria agrícola até o setor de manufatura e exportação.

Os efeitos econômicos da paralisação são evidentes, o Jornal Portuário, conversou com especialistas, que estima que o prejuízo diário causado pela inatividade seja superior a R$ 50 milhões.

Os atrasos no acesso aos terminais pelos navios, causados por fenômenos meteorológicos, têm gerado um aumento significativo nos custos operacionais.

Esses eventos meteorológicos estão impactando diretamente a permanência dos navios nos terminais, afetando as operações e resultando em maiores despesas e atrasos nas cadeias de suprimento.

A Administração do Porto de Santos (APS) está trabalhando em parceria com meteorologistas e engenheiros para desenvolver estratégias que mitiguem o impacto da neblina. Entre as soluções em discussão estão a implementação de sistemas avançados de navegação por radar e o aprimoramento da comunicação entre os navios e as torres de controle do porto.

Além disso, estão sendo consideradas tecnologias de previsão meteorológica mais precisas para antecipar e gerenciar melhor as condições adversas.

Enquanto isso, a comunidade portuária e os stakeholders devem se preparar para um período de ajustes e adaptações, à medida que trabalham juntos para garantir a continuidade e a eficiência das operações no futuro.