Infraestrutura Logísitica
Terminal de grãos da Rumo e CHS é inaugurado em Tocantis
A estrutura tem capacidade de movimentar 1,5 milhão de toneladas ao ano
10/09/2024 16h43
Por: Clipping Diário
Para a Rumo, a operação marcará a entrada da companhia no Tocantins — Foto: Rumo/Divulgação

Depois de um ano de construção, o terminal de armazenagem e transbordo de grãos da joint venture entre a Rumo e a CHS Agronegócio Brasil, foi inaugurado nesta terça-feira (10/9), em Alvorada (TO).

O projeto transformou o armazém de grãos da CHS, subsidiária da maior cooperativa agrícola dos Estados Unidos, que atuava só com transporte rodoviário, em um multimodal, que vai usar a Malha Central (ferrovia Norte-Sul) da Rumo, com destino ao porto de Santos (SP).

A estrutura tem capacidade estática de 75 mil toneladas de grãos e capacidade de movimentar 1,5 milhão de toneladas ao ano. Além disso, o espaço também conta com uma pera ferroviária para carregar, em média, 12 vagões por hora, e até duas composições de 120 vagões por dia. O empreendimento está preparado para receber até 120 caminhões por dia, o que equivale a 5 mil toneladas diariamente.

Com “bandeira branca”, isto é, preparado para as operações de qualquer trading ou empresa de agro que queria usá-lo, o terminal deve movimentar pela CHS entre 90 mil e 100 mil toneladas de grãos provenientes do Estado, Sul da Bahia, Maranhão e Leste de Mato Grosso.

“Sempre buscamos estar próximos de linhas férreas, mas no caso de Alvorada, onde não havia essa opção, já identificamos a necessidade de um sistema de armazenagem desde 2016. Agora, teremos também um modal de transporte mais econômico e menos poluente”, disse o vice-presidente de Global Grain & Processing para a CHS na América do Sul, Horacio Ackermann, sem dar detalhes sobre a redução de custos da opção.

Para a Rumo, a operação marcará a entrada da companhia no Tocantins. “Desde 2019, buscamos identificar a melhor localização para terminais e transbordos e identificamos a estrutura da CHS como ideal para atender os clientes da região”, afirmou Pedro Palma, CEO da empresa.

O agronegócio é responsável por 75% do volume de transportes da Rumo em todas as suas malhas. A companhia opera 12 terminais de transbordo, cinco terminais portuários e administra cerca de 14 mil quilômetros de vias no país.

As companhias também estudam se no futuro este terminal poderá servir para cargas de retorno como fertilizantes. “Isso dependerá da demanda da região. Precisaremos refinar a volumetria de fertilizantes da região para ver se o investimento faz sentido”, afirmou Palma. No terminal de Rondonópolis (MT) da Rumo, por exemplo, o transporte de grão para Santos totaliza 25 milhões de toneladas anualmente, enquanto o retorno de fertilizantes fica entre 3 milhões e 4 milhões de toneladas.

Além do terminal em Alvorada, CHS e Rumo anunciaram recentemente uma joint venture para operar um terminal portuário em Santos. Neste caso, com o investimento de R$ 2,5 bilhões, a estrutura terá capacidade para movimentar até 12,5 milhões de toneladas anuais, sendo 9 milhões de toneladas de grãos e 3,5 milhões de toneladas de fertilizantes.

De forma indireta, por meio da Andali, de cuja CHS é sócia, também operam juntas um terminal de fertilizantes em Rio Verde (GO). A Rumo Malha Central, que integra a Ferrovia Norte-Sul, compreende trecho de 1.537 km que vai de Estrela D´Oeste (SP) até Porto Nacional (TO). Desde que venceu o leilão para administrar o trecho central da Ferrovia Norte-Sul, em 2019, a Rumo investiu R$ 4 bilhões em obras de infraestrutura, terminais e material rodante.

Hoje, a Rumo opera quatro terminais na Malha Central. Em São Simão (GO), inaugurado em 2021, a operação é feita em conjunto com a Caramuru. Em Rio Verde (GO), a Rumo tem um terminal para grãos e fertilizantes. Outro, dedicado ao açúcar, funciona em Iturama (MG) com aportes feitos pela Usina Coruripe.