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Desapropriações e Indenizações: Moradores Reagem à construção do Túnel no Litoral
Comunidade exige justa compensação por desapropriações
11/10/2024 15h36 Atualizada há 7 dias
Por: Redação
Isabella Fernandes

A construção do túnel que ligará Santos ao Guarujá está gerando um intenso debate entre a comunidade local e as autoridades. Moradores afetados pela obra estão solicitando indenizações mais justas em virtude das desapropriações necessárias. Este tema central foi discutido em uma audiência pública realizada pelo Conselho Estadual do Meio Ambiente (Consema) na última quarta-feira (9), no Teatro Guarany.

Um novo encontro já está agendado para esta quinta-feira (10), às 17 horas, no Teatro Procópio Ferreira, em Guarujá. Durante a audiência, foi apresentado o Estudo de Impacto Ambiental (EIA), que indica que 59 propriedades no Bairro Macuco, especialmente na Rua José do Patrocínio, serão desapropriadas. A necessidade dessas desapropriações surge do projeto do binário que prevê a passagem do Veículo Leve sobre Trilhos (VLT) pelo túnel, interferindo diretamente em áreas urbanas.

Ana Maria Iversson, socióloga da Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe), responsável pela apresentação do EIA, enfatizou que existem estratégias viáveis para mitigar os impactos da obra. "Com ajustes adequados e programas bem estruturados, é possível neutralizar os efeitos negativos", concluiu, abrindo caminho para a continuidade do projeto.

A Preocupação da Comunidade

A audiência pública destacou a insatisfação dos moradores com os valores das indenizações inicialmente propostos, que são considerados insuficientes para cobrir os prejuízos das desapropriações. Com isso, a pressão sobre as autoridades para uma revisão desses valores aumenta, refletindo a preocupação da população em relação aos efeitos da obra em suas vidas e em seu entorno.

Benefícios

Com a nova ligação seca, deixarão de ser percorridos nos deslocamentos entre os dois municípios 25 milhões de km/ano por veículos de transporte de carga e 20 milhões de km/ano por carros de passeio. Haverá uma economia de 2,5 milhões de horas/ano gastas no trânsito. O ganho ambiental é representado pela redução de 72 toneladas/ano nas emissões de monóxido de carbono e 3,2 t/ano de material particulado. Haverá, também, diminuição de 18,4 mil t/ano de dióxido de carbono lançado na atmosfera.

Com faixas para veículos e espaço exclusivo e fechado para bicicletas e pedestres, o projeto também permitirá a passagem do VLT quando o projeto for concluído e dará acesso ao futuro aeroporto metropolitano e ao terminal rodoviário de Vicente de Carvalho.

O túnel submerso oferece uma grande contribuição à mobilidade urbana, refletindo-se significativamente na melhoria das condições de deslocamento de trabalhadores entre Santos (região de atração de empregos) e Vicente de Carvalho (de onde provem a mão-de-obra) e com efeitos positivos para a mobilidade em toda a Região Metropolitana da Baixada Santista.

A demanda atual na movimentação entre as áreas mais imediatas das duas margens do canal, em dias úteis, supera a 40 mil pessoas e a movimentação de caminhões chega a 1.900 veículos por dia.

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