O transporte hidroviário realizado no Tecon Santa Clara (RS) reduz em 55% as emissões de GEE, em comparação ao modal rodoviário.
A Wilson Sons, que opera o terminal de contêineres, desenvolveu uma metodologia de cálculo de emissões de gases de efeito estufa (GEE) baseada no Programa Brasileiro de Gases do Efeito Estufa, validada pela SGS, líder mundial em inspeção e certificação. A análise comparativa mostrou que uma operação rodoviária entre o Tecon Santa Clara e o Tecon Rio Grande (RS) pode gerar 0,196 toneladas de CO2 equivalente (CO2e) por TEU (contêiner de 20 pés), mais que o dobro das emissões pelo modal fluvial.
Desde o início das operações, a navegação interior do Tecon Santa Clara evitou a emissão de mais de 32 mil toneladas de carbono. O terminal transporta cargas de resinas, madeira, frango congelado, borrachas e utensílios domésticos, que representam 80% do volume em contêineres, conectando cidades gaúchas como Farroupilha, Carlos Barbosa, Caxias do Sul e Triunfo.
Desde 2016, o terminal opera com uma barcaça da Navegação Guarita, em parceria com a Braskem, e recentemente aumentou sua capacidade em 33%, com a barcaça Guaíba, de 160 TEUs, substituindo outra de 120 TEUs, oferecendo quatro viagens semanais e reforçando sua contribuição para a sustentabilidade no transporte de cargas.
A Wilson Sons informou que baseou os cálculos em uma barcaça com 90% de ocupação, média real do terminal, reafirmando seu compromisso com a agenda ESG (ambiental, social e governança).
A companhia destacou que, desde 2009, prioriza 10 objetivos de desenvolvimento sustentável do Pacto Global da ONU, investindo em iniciativas para descarbonizar o setor de logística portuária e marítima.
O gerente de meio ambiente e segurança do Tecon Rio Grande, Cleiton Lages, afirmou que o estudo marca um avanço para o setor, valorizando a multimodalidade e contribuindo para as metas de sustentabilidade dos clientes.