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Gigante do Shipping defende modelo aberto para o Leilão do Tecon Santos
Restrições a Armadores podem comprometer competitividade na disputa
28/03/2025 00h29 Atualizada há 2 semanas
Por: Redação
Divulgação

SANTOS/SP – Em um movimento estratégico que acendeu o debate no setor portuário, a Maersk, segunda maior armadora mundial, fez um apelo público contra restrições à participação de companhias de navegação no leilão do Tecon Santos 10. O megaprojeto, avaliado em R$ 5,6 bilhões, promete transformar o panorama logístico nacional ao dobrar a capacidade de movimentação de contêineres no maior porto da América Latina.

Danilo Veras, vice-presidente de Políticas Públicas e Regulatórias da Maersk para América Latina, foi enfático: "A verticalização não é inimiga da concorrência. Pelo contrário, pode trazer mais investimentos e eficiência". A declaração surge em um momento crucial, com a Antaq finalizando a consulta pública sobre o edital antes de enviá-lo ao TCU para avaliação final.

Por Que o Tecon Santos 10 é Tão Estratégico?

1. Capacidade Recorde

O novo terminal terá capacidade para 3,5 milhões de TEUs/ano - equivalente a 50% da movimentação atual de todo o complexo santista. Com pátios para 1,2 milhão de contêineres e cais de 1.470m, será o maior arrendamento portuário da história do Brasil.

2. Timing Crítico

O Porto de Santos opera no limite:

3. Nova Geopolícia Portuária

O cenário mudou radicalmente desde 2022:

 

O Debate sobre Verticalização: Protecionismo x Eficiência

Argumento da Maersk

 

Contrapontos

"Não se trata de impedir armadores, mas de garantir condições isonômicas", defendeu um executivo do setor que preferiu não se identificar.

 

Próximos Passos e Impactos no Mercado

O leilão, previsto para novembro de 2023, será um divisor de águas:
- Potencial de atrair novos serviços de linha
- Redução de custos logísticos para exportadores
- Posicionamento do Brasil nas rotas globais

Especialistas alertam que qualquer mudança no modelo após a fase de consulta pública pode atrasar o cronograma em até 6 meses - justamente quando o porto mais precisa desta nova capacidade.

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Este texto foi desenvolvido pela redação do Jornal Portuário, para engajar o público do setor portuário e logístico, com informações exclusivas.

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