A área construída do futuro porto em Itapoá da Coamo Agroindustrial Cooperativa terá 80 mil metros quadrados, incluindo espaços operacionais e administrativos. O terreno da cooperativa na cidade litorânea de Santa Catarina tem 427 mil metros quadrados.
Os informações sobre a instalação do terminal de uso privado (TUP) foram apresentadas na Segunda Reunião de Campo de 2024, realizada na semana passada. A reunião traz um panorama da cooperativa e do mercado agrícola, com abordagem também dos investimentos em andamento e previstos pela Coamo, cooperativa com sede em Campo Mourão (PR).
Dos três berços de atracação previstos, a estrutura reservada para exportação de grãos será maior porte, com capacidade para navios New Panamax. São cargueiros com até 366 metros de comprimento.
Os demais dois berços, para importação de fertilizantes e manuseio de combustíveis (derivados do petróleo, como combustíveis líquidos e GLP), vão operar com cargueiros Panamax. O terreno da Coamo, na mesma região do Porto Itapoá (em operação desde 2011), tem 450 metros de frente para o mar.
Como a instalação do porto está na fase de licenciamento, com diferentes órgãos, não há estimativas mais detalhadas de quando o porto entrará em obras, mais adiante, em operação. A licença ambiental prévia foi solicitada ao Instituto de Meio Ambiente (IMA/SC) no final de junho.
Uma das fases seguintes é a apresentação do estudo de impacto ambiental e do relatório de impacto ambiental (EIA-Rima). Há outras etapas do licenciamento do porto. O terminal poderá movimentar 10 milhões de toneladas por ano, quando estiver em plena operação. O porto será usado principalmente para a exportação de grãos. A região do futuro terminal é a da baía da Babitonga, onde operam os portos de São Francisco do Sul e Itapoá.
A cidade escolhida para o investimento, Itapoá, tem o maior crescimento proporcional em população em Santa Catarina, com avanço de 134% desde 2010. Atualmente, são quase 35 mil moradores, conforme estimativa do IBGE de 2024.