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Tecnologia é usada para preservação da memória cultural da Paraíba

A união estratégica entre a Secretaria de Ciência, Tecnologia, Inovação e Ensino Superior do Estado da Paraíba (Secties-PB) e a Fundação Casa de Jo...

25/02/2025 15h43
Por: Clipping Diário Fonte: Secom Paraíba
Foto: Reprodução/Secom Paraíba
Foto: Reprodução/Secom Paraíba

A união estratégica entre a Secretaria de Ciência, Tecnologia, Inovação e Ensino Superior do Estado da Paraíba (Secties-PB) e a Fundação Casa de José Américo mantém o projeto de preservação da memória do escritor, político e professor universitário José Américo de Almeida (1887-1980) chamado “Preservação da Memória e Difusão Educativa, Cultural e Científica do Acervo da Fundação Casa de José Américo”.

O projeto foi executado via edital, com um investimento total de R$ 911 mil, financiado pelo Governo do Estado por meio da Secties e Fundação de Apoio à Pesquisa (Fapesq). A iniciativa utiliza tecnologia para recuperar, organizar e disponibilizar digital e fisicamente esse importante acervo para a população.

Diante de um patrimônio cultural, que faz parte da história da Paraíba e do Brasil, zelar por esse material é um compromisso cívico. O conjunto de itens abrange desde o museu situado na casa onde o escritor morou em João Pessoa, o conteúdo da obra impressa, suas relações com a música, com a política, até o estudo da caligrafia incompreensível de José Américo no final de sua vida, com base em documentos originais. É uma riqueza acessada internacionalmente, de grande valor para a história política e cultural local, regional e nacional.

O secretário da Secties, Cláudio Furtado, ressalta a importância do investimento na preservação histórica. “A tecnologia é uma grande aliada na conservação da memória e no acesso a documentos históricos. Com esse projeto, garantimos que a rica história da Paraíba continue viva, sendo preservada para as futuras gerações e acessível a pesquisadores do mundo todo”, afirma Furtado.

Iniciado em 2022, o projeto abrange diversas áreas, organizadas em subprojetos que, atualmente, formam sete núcleos de pesquisa, resultado do edital. Em resposta à iniciativa da Gerência Executiva de Documentação e Arquivo da Fundação Casa de José Américo para realizar esse resgate, o projeto será ampliado neste ano, com um investimento de mais de R$ 1 milhão. Esse novo aporte financeiro garantirá a continuidade dos núcleos existentes e viabilizará a criação de uma nova área de estudo: a arqueologia.

A coordenadora geral do projeto, Lúcia Guerra, gerente de Documentação e Arquivo da FCJA, enfatiza que a Fundação tem como missão ser promotora, realizadora de pesquisas, ter produção científica e literária. “A partir da parceria com a Secties, a Fundação está colocada de novo nesse patamar de instituição de pesquisa. Além da renovação dos atuais sete núcleos de pesquisa que integram o grande projeto, será formado o núcleo de Arqueologia. A Fundação recentemente inaugurou um núcleo de estudos arqueológicos e irá ampliar para essa nova área”, salienta Lúcia Guerra.

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Tecnologia a serviço da preservação

O uso de novas tecnologias permite a preservação e disponibiliza o acesso a documentos originais e inéditos. O projeto permitiu a mudança de suportes físicos e analógicos de documentos impressos e audiovisuais para o formato digital, a criação de banco de dados, e a utilização de plataformas digitais de códigos abertos, como Archivematica e AtoM, ambos credenciados pelo Conselho Internacional de Arquivos, entre outras plataformas.

Um exemplo da importância desse trabalho é a recuperação dos escritos de José Américo no final de sua vida, quando sua caligrafia se tornou quase ilegível devido a problemas de visão. Os pesquisadores estão analisando os padrões das letras para decifrar esses documentos, que antes eram inacessíveis. Segundo Lúcia Guerra, “quando digitalizamos um documento, podemos ampliar, ajustar contrastes e limpar a imagem para tornar os traços mais nítidos. Muitos manuscritos estão em papéis extremamente frágeis, e a digitalização evita o manuseio excessivo, prolongando sua conservação”.

Para essa tarefa, uma digitalização eficiente e o arquivamento de dados é substancial. De acordo com aGerente Executiva de Documentação e Arquivo da Fundação e coordenadora geral do projetoLúcia Guerra, “quando o documento está digitalizado é possível ampliar, usar contrastes, limpar, para ter mais clareza dos traços. Todos esses manuscritos estão em papéis frágeis, se desmanchando, ressecados. Então se digitalizou tudo para não ficar manuseando. Para você traduzir um documento dele, você passa tempos e tempos manuseando esse documento.”

Colaboração e formação acadêmica

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A parceria entre a Secties e a FCJA foi articulada entre o presidente da Fundação, Fernando Moura, e o secretário da Secties, Claudio Furtado. O projeto “Preservação da Memória e Difusão Educativa, Cultural e Científica do Acervo da Fundação Casa de José Américo” reúne sete núcleos de pesquisa, cada um coordenado por professores da Universidade Federal da Paraíba, do Instituto Federal da Paraíba e da Universidade Estadual da Paraíba. Ao todo, são 14 bolsistas de iniciação científica e 14 pesquisadores com, no mínimo, mestrado e a maioria com doutorado, além de sete professores que são os coordenadores e a coordenação geral. No total, 38 profissionais estão integrados aos trabalhos.

Pesquisas e entrevistas foram realizadas em cidades paraibanas como Areia, Bananeiras, Campina Grande e João Pessoa, além de Recife (PE) e Rio de Janeiro (RJ). Os resultados estão sendo divulgados em eventos acadêmicos, periódicos científicos e livros, incluindo e-books em fase de conclusão.

Essas atividades na FCJA abrem um campo de estágio para os alunos do Programa Limite do Visível, desenvolvido pela Secties em parceria com a Universidade Estadual da Paraíba (UEPB). Oriundos dos cursos tecnólogos em Análise de Desenvolvimento de Sistemas e Ciência de Dados, 30 alunos desses cursos estão fazendo o primeiro estágio na Fundação.

“Queremos consolidar esse campo”, afirma Lúcia Guerra. A coordenadora de estágio da UEPB, a professora Esmeraldas Sales, é responsável pela supervisão do estágio. Os estagiários estão colaborando em como pensar o nosso museu, o arquivo, como ficar mais interativo… Esperamos que outras turmas venham.”

Foto: Reprodução/Secom Paraíba
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