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Economia Econômica

Exportações em risco?

Brasil e China unem forças contra tarifa fixa da UE

07/02/2025 19h09 Atualizada há 1 semana
Por: Redação
Imagem gerada por AI
Imagem gerada por AI

Em meio aos esforços globais para reduzir as emissões de gases poluentes, Brasil e China estão liderando uma proposta para evitar que uma tarifa fixa sobre as emissões de navios de carga prejudique as exportações de países com rotas marítimas mais longas, como as destinadas à Ásia.

A discussão ocorrerá em abril, durante a assembleia da Organização Marítima Internacional (IMO), que estabeleceu a meta de que 40% da frota mundial utilize combustíveis renováveis até 2030.

 

A União Europeia, líder de um bloco de países, defende a imposição de uma tarifa fixa por tonelada de gás poluente emitido por navios.

No entanto, essa proposta pode impactar diretamente as exportações brasileiras, especialmente de commodities como a soja, que dependem de rotas marítimas extensas.

Segundo Aloizio Mercadante, presidente do BNDES, uma sobretaxa nas embarcações poderia aumentar o custo da soja nacional em 15% a 30%, comprometendo a competitividade do país no mercado internacional.

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Brasil e China propõem uma abordagem alternativa: quem poluir mais, paga mais. Essa solução busca equilibrar a necessidade de reduzir as emissões com a realidade econômica dos países exportadores.

“Se as embarcações brasileiras forem sobretaxadas, a soja nacional poderá ficar de 15% a 30% mais cara para exportação, comprometendo a nossa competitividade”, afirmou Mercadante ao Painel S.A.

 

Paralelamente, o BNDES, em parceria com a Finep, lançou um edital de R$ 6 bilhões para selecionar planos de negócios de biorrefinarias, com foco no mercado de biodiesel.

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Das 76 propostas recebidas, que totalizam investimentos potenciais de R$ 167 bilhões, 33 são voltadas para o desenvolvimento de combustíveis marítimos, somando R$ 47 bilhões. Essa iniciativa reforça o compromisso do Brasil com a transição energética e a sustentabilidade no setor portuário.

 

A decisão da IMO em abril será crucial para definir o futuro da navegação internacional e o equilíbrio entre a proteção ambiental e a competitividade econômica dos países exportadores.

Enquanto isso, Brasil e China continuam defendendo uma solução que não penalize excessivamente as nações com rotas marítimas mais longas.

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