O navio Srakane, de bandeira panamenha, atracado desde outubro de 2020 na margem esquerda do Canal do Porto de Santos, em Guarujá, foi finalmente removido está semana.
Após longas tratativas a remoção do navio Srakane foi concluída. A embarcação, estava atracada na margem esquerda do Canal do Porto de Santos desde 2020, em péssimas condições e sob vigilância das autoridades para evitar maiores danos.
A embarcação encontrava-se em um terreno que anteriormente pertencia à Cooperativa Mista de Pesca Nipo Brasileira, que atualmente possui nova titularidade.
O navio estava em condições críticas, com sinais de degradação acentuada e inclinação que comprometia sua estabilidade.
A remoção do navio Srakane foi concluída após negociações entre os envolvidos na elaboração de um plano detalhado para a retirada e destinação adequada do casco, que deverá ser levado para corte em breve.
Essa solução foi fundamental para evitar danos ambientais e garantir a segurança da região portuária de Santos.
As últimas tratativas envolveram a proprietária da embarcação, a Vintage Trading SRO, empresa eslovaca representada no Brasil pelo escritório Varea & Dionísio, e a companhia Thurf Comercial, interessada em adquirir o casco do Srakane para remoção e possível desmonte.
Com a remoção concluída, o destino do casco do Srakane agora será decidido conforme os planos das partes envolvidas, marcando o fim de um longo período de abandono e riscos no Porto de Santos.
Legado de abandono e lições para o futuro
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A situação do navio Srakane expôs vulnerabilidades no controle de embarcações abandonadas em zonas portuárias nos principais portos brasileiros.
Durante seus quase quatro anos de inatividade, o casco tornou-se símbolo de preocupações ambientais e operacionais, pressionando autoridades a acelerarem soluções definitivas. Com a retirada concluída, o foco agora está no desmonte responsável, conforme diretrizes técnicas.
Especialistas reforçam que o caso reforça a necessidade de protocolos ágeis para navios em situação similar, evitando que longos períodos de abandono ampliem custos e riscos.
Para o Porto de Santos, a operação bem-sucedida representa um alívio: além de eliminar uma ameaça latente, abre caminho para a revitalização de uma área críticia para a economia e o ecossistema costeiro.
A Capitania dos Portos e a Anvisa acompanharam todo o processo, garantindo a segurança ambiental e sanitária da operação.
Em nota "A Capitania dos Portos de São Paulo (CPSP) informou que o navio foi transferido devido ao risco de ruptura nas estruturas de amarração desgastadas".
A movimentação, planejada desde outubro de 2024, foi feita por uma empresa de salvamento marítimo, seguindo todos os requisitos de segurança da Normam-204/DPC. O novo local oferece condições seguras para o navio, sem riscos à navegação ou ao meio ambiente.
Até o fechamento desta matéria, não houve retorno por parte da autoridade portuária, sobre mais detalhes da remoção do Navio Srakane.