Agência Assembleia/ Foto: Miguel Viegas
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Nesta segunda-feira (14), o programa ‘Sustentabilidade na Prática’, da Rádio Assembleia (96,7 FM), recebeu o escritor Clóvis Nunes, idealizador e coordenador da Organização Não Governamental (ONG) “MovPaz” – Movimento Internacional pela Paz e Não-Violência. Na conversa com a apresentadora Maria Regina Telles, o autor do projeto “Paz pela Paz” falou, dentre outros assuntos, sobre a paz social, ambiental e interior.
Inicialmente, Clóvis Nunes destacou a relevância do tema cultura de paz no mundo e disse se sentir honrado em conceder entrevista a um veículo de comunicação da Assembleia Legislativa do Estado do Maranhão.
“É um prazer estar aqui, conversando neste canal de comunicação do Poder Legislativo Estadual. Aqui, na companhia de profissionais de comunicação qualificados, abordando um tema da maior relevância para a humanidade”, frisou.
O ativista pela paz destacou a importância da composição intitulada “Paz pela Paz”, de autoria conjunta sua e do artista Nando Cordel, que se tornou o hino do movimento.
“O Nando é um artista de um talento musical maravilhoso. Terminamos a letra da música dentro do carro. O refrão “a paz do mundo começa em mim” é um slogan includente. A ideia é que cada um de nós seja um ativista da paz. Mas se não tivermos quem propague as ideias da paz, elas não vão para lugar nenhum”, afirmou.
Formas de paz
Clóvis Nunes ressaltou que temos três aspectos da paz, que são a paz social, ambiental e interior e que esses aspectos estão interconectados.
“O aspecto mais importante é a paz interior porque é a paz do indivíduo consigo mesmo. Se ele não tiver pacificado por dentro, ele não manifesta isso para o exterior. Mas como somos vítimas da cultura da violência, que nos condiciona, não temos essa percepção. Dalai Lama dizia que sem paz de espírito é impossível haver paz no mundo”, acentuou.
Pacificadores
O ativista da paz destacou grandes pacificadores que deixaram exemplo de como colocar em prática a cultura da paz no mundo.
“A excelência humana é caracterizada e constituída de grandes pacifistas. Os melhores seres humanos que pisaram no chão desse planeta, todos foram pacifistas. Os grandes construtores, os arautos da transformação social e transformadores das ideologias humanísticas e que causaram impacto no organismo social. Cito os grandes líderes religiosos, como Buda, Jesus Cristo, Confúcio, Lao Tsé, Mahatma Ghandi e tantos outros”, enfatizou.
Por fim, Clóvis Nunes disse que a ideia da paz é muito mal entendida na sociedade moderna, que tem sempre a visão de combate à violência.
“Prevalece sempre, na sociedade atual, o lado do combate e não o da prevenção à violência. Você não constrói nada pela paz quando você combate. O combate pega a violência no efeito e não na causa da violência. Precisamos neutralizar as nascentes da violência”, finalizou.