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Internacional Econômia

Saverin, o brasileiro mais rico do mundo, expande império no Catar

Eduardo Saverin leva B Capital a Doha, reforçando aposta do Catar em venture capital

24/02/2025 20h07
Por: Clipping Diário Fonte: Bloomberg
Reprodução/ Facebook da B Capital Group
Reprodução/ Facebook da B Capital Group

O fundo B Capital, de Eduardo Saverin, o brasileiro mais rico do mundo, está entre os seis fundos de venture capital que planejam abrir escritórios em Doha, à medida que o Catar intensifica os esforços para alcançar concorrentes que já atraíram empresas financeiras globais.

A Autoridade de Investimentos do Catar (QIA, na sigla em inglês) investirá no B Capital — criado pelo cofundador do Facebook, Saverin, e pelo ex-investidor da Bain Capital, Raj Ganguly — por meio de seu programa de fundos de fundos, de acordo com um comunicado. O veículo de investimentos focado em tecnologia administra mais de US$ 7 bilhões e já financiou startups como a DataRobot, de aprendizado de máquina, a corretora de criptomoedas FalconX e a empresa de software de análise de clientes Pendo.

A Deerfield Management Co., uma gestora de investimentos voltada para o setor de saúde, com cerca de US$ 15 bilhões em ativos, também deve receber aportes da QIA. O fundo lançou um programa de US$ 1 bilhão no ano passado para desenvolver o ecossistema de venture capital e apoiar startups locais. Os detalhes sobre o tamanho do investimento não foram divulgados imediatamente.

O fundo já investiu em outras quatro empresas, incluindo a Utopia Capital Management, com sede em Londres, como parte dessa iniciativa. Todas elas abrirão escritórios ou estabelecerão suas sedes regionais no Catar.

Os concorrentes regionais do Catar, Emirados Árabes Unidos e Arábia Saudita, também têm usado investimentos de seus fundos soberanos para atrair empresas globais para seus centros financeiros.

Nos últimos anos, diversos fundos de hedge de alto perfil estabeleceram escritórios em Abu Dhabi e Dubai, transformando os Emirados Árabes Unidos em um novo polo emergente para a indústria. Da mesma forma, a Arábia Saudita tem atraído sedes regionais de várias empresas de Wall Street, após implementar políticas que tornaram essa presença obrigatória para certos contratos governamentais.

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Além do Catar, o Kuwait também começou a cortejar empresas estrangeiras. A BlackRock Inc. está explorando planos para abrir um escritório no país, conforme noticiado pela Bloomberg News.

A QIA, que administra US$ 510 bilhões, deve crescer significativamente nos próximos anos, impulsionada pela expansão da produção de gás do Catar. Seu novo CEO, Mohammed Al Sowaidi, tem ampla experiência nos EUA, o que deve ajudar o fundo a navegar na dinâmica da presidência de Donald Trump.

Nos últimos cinco anos, a QIA aumentou seus investimentos nos EUA, em parte para reequilibrar seu portfólio e reduzir sua exposição à Europa. O fundo investiu em setores como tecnologia e saúde e planeja novos aportes na Ásia e nos EUA, com foco em digitalização e infraestrutura.

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