A Autoridade Portuária de Santos (APS) rebateu rumores sobre o esgotamento da capacidade do Porto de Santos, afirmando que o complexo continua operando abaixo do limite máximo de sua capacidade de movimentação de contêineres. Segundo a APS, a capacidade atual do porto é estimada em 5,9 milhões de TEUs (unidade de medida de contêineres), e espera-se que este número aumente para 6,1 milhões até o final de 2024.

Em um comunicado, a APS destacou que, em 2022, o Porto de Santos alcançou um volume recorde de aproximadamente 5 milhões de TEUs. Em 2023, a movimentação foi de 4,8 milhões de TEUs. “Com a capacidade estimada atualmente em 5,9 milhões de TEUs, o Porto ainda não atingiu seu limite operacional.

A projeção para o final do próximo ano é de que possamos alcançar 6,1 milhões de TEUs”, afirmou a administração portuária.

O Plano de Desenvolvimento e Zoneamento (PDZ) do Porto, que foi elaborado em 2020, estimava a capacidade em 5,3 milhões de TEUs por ano. Esse plano considerava os quatro principais terminais arrendatários: Santos Brasil, com 2 milhões de TEUs; BTP, com 1,8 milhão de TEUs; TUP DP World Santos, com 1,2 milhão de TEUs; e Ecoporto Santos, com 300 mil TEUs. Desde então, esses terminais têm investido em modernizações operacionais e de infraestrutura para ampliar suas capacidades.

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A APS também abordou a questão do terminal STS10, enfatizando que a discussão sobre o futuro do STS10 vai além do segmento de contêineres. O planejamento envolve várias cadeias logísticas, incluindo o agronegócio, com a ampliação da capacidade de fertilizantes na região de Outeirinhos, cargas de projeto (break bulk), veículos (ro-ro) e o setor de turismo, especialmente o segmento de cruzeiros.

“Embora o STS10 continue sendo uma opção considerada para aumentar a capacidade de movimentação de contêineres, os cenários estão sendo analisados em conjunto com o Ministério de Portos e Aeroportos (MPor), integrando as diferentes propostas em discussão”, explicou a APS.

A administração portuária não descarta a possibilidade de transferir o terminal de cruzeiros atualmente arrendado ao Concais para a área do Saboó, se essa alternativa se revelar vantajosa e receber a aprovação necessária em todas as instâncias.