Em 2024, os portos do Arco Norte, uma região estratégica que inclui os estados do Norte e Nordeste do Brasil, registraram um desempenho impressionante ao representar 39% das exportações nacionais de milho e soja. Entre janeiro e outubro desse ano, mais de 47 milhões de toneladas dessas commodities foram escoadas por essas instalações portuárias, de acordo com dados recentes da Agência Nacional de Transportes Aquaviários (Antaq).
O Arco Norte, que engloba áreas acima do paralelo 16°S, tem se consolidado como uma das principais vias logísticas para escoamento de grãos, especialmente com o crescimento da demanda internacional. Mesmo diante de uma severa seca no segundo semestre de 2024, que afetou muitas regiões produtoras do Brasil, os portos dessa região conseguiram manter a alta eficiência operacional. A resiliência dessas instalações portuárias é atribuída aos significativos investimentos feitos nos últimos anos para modernizar a infraestrutura e aprimorar a logística de transporte.
Desempenho dos Portos do Pará e Amazonas: A Principal Força do Arco Norte
Os estados do Pará e Amazonas têm se destacado como os principais responsáveis pelo volume de exportações na região do Arco Norte. Juntos, esses portos representaram 59,4% de todas as exportações realizadas pelo Arco Norte entre janeiro e outubro de 2024. Particularmente no caso do milho, esses estados dominaram as exportações, com 80% de toda a carga exportada originando-se dessas duas unidades federativas.
O Pará, com suas instalações em locais estratégicos como o porto de Vila do Conde, e o Amazonas, com o complexo portuário de Manaus, têm sido essenciais para o sucesso da região. A capacidade desses portos é impressionante, alcançando um volume instalado de 52 milhões de toneladas de grãos, o que coloca o Arco Norte como uma das principais alternativas ao Porto de Santos, tradicionalmente o maior ponto de exportação de grãos do Brasil, localizado no estado de São Paulo.
O Futuro Promissor: A Expansão da Capacidade dos Portos do Arco Norte
Os investimentos na modernização e expansão dos portos do Arco Norte não param por aí. A previsão é que, nos próximos cinco anos, a capacidade de escoamento da região dobre, passando dos atuais 52 milhões de toneladas para 100 milhões de toneladas de grãos. Esses novos projetos, que incluem a ampliação de terminais e a construção de novas infraestruturas, visam consolidar o Arco Norte como o maior centro logístico para exportação de grãos do Brasil.
Essa expansão é estratégica, pois acompanha o aumento da produção agrícola no Brasil, que continua a crescer, especialmente no Norte e Centro-Oeste, regiões que possuem proximidade com o Arco Norte e que se beneficiam dessa rota mais curta e eficiente para escoamento de produtos.
Investimentos Estruturais e Sustentabilidade
Além da expansão da capacidade de carga, os portos da região têm se dedicado também a investimentos em práticas mais sustentáveis e tecnologias que reduzem impactos ambientais. A implementação de sistemas de monitoramento, o uso de energia renovável e a busca por práticas logísticas mais eficientes têm sido parte do pacote de modernização que garante a competitividade do Arco Norte no cenário global.
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