A Engenium, Empresa Júnior de Engenharia Civil da Universidade Estadual de Ponta Grossa (UEPG), realizou o Engenium Day, voltado para acadêmicos de Engenharia e de Arquitetura e Urbanismo. Palestras e rodas de conversa ocorreram na noite da última quarta-feira (09), no auditório do Bloco E, do Campus Uvaranas.
Após as boas-vindas do presidente da Engenium, Bruno Eduardo Miguel Vieira, a abertura do evento ficou a cargo da presidente do Conselho e diretora de Expansão do Movimento Empresa Júnior (MEJ), Núcleo Ponta Grossa, Mariana Ataídes – que também é conselheira administrativa da Federação das Empresas Juniores do Estado do Paraná – e do diretor de Formação Empreendedora do MEJ-Ponta Grossa, Gabriel França Ferreira. Eles apresentaram os mecanismos que regem as empresas juniores no país. São 1.547 organizações do tipo em todo o Brasil, as quais entregaram 14 mil projetos em 2024 e movimentaram mais de 32 mil estudantes, com um faturamento de R$ 245 milhões. “Só em Ponta Grossa, são 14 dessas iniciativas e queremos expandir muito mais esse número”, declara Mariana. “E temos potencial para isso”, completou Gabriel.
Trajetórias de Sucesso
Outro ex-diretor da Engenium, Mateus Serrato, é funcionário de uma das empresas que já prestaram serviços para a UEPG nos últimos anos. “Atualmente trabalho em obras público-privadas. Já entreguei uma obra para a Universidade em 2023, então, tive que antecipar minha formatura para concluir um projeto na instituição onde me formei! Foi uma honra, porque estudei aqui. É a oportunidade de vocês realizarem atividades, aprimorarem-se, ganharem experiência, fazerem contatos, aprenderem como resolver problemas. Aproveitem que vocês têm o acompanhamento dos professores e façam o melhor, aprendam com eles e uns com os outros”, aconselhou Mateus, membro da Engenium entre 2018 e 2020.
Gustavo Rodrigues, hoje, é engenheiro formado pela UEPG, mas já foi diretor da Engenium. Ele é lembrado como um dos gestores que mais conseguiram projetos e recursos para a EJ. Atualmente, Gustavo é proprietário de uma empresa que já movimentou, segundo ele, dezenas de milhões em projetos e serviços. “Quando cheguei ao mercado de trabalho, pude aplicar muito mais conhecimento e tive uma vantagem inicial. Passei por algumas outras companhias, antes da minha atual. Hoje eu tenho a minha própria. Então, se der certo ou se der errado, o prejuízo ou o lucro é meu. E eu aprendi isso lá atrás [na Engenium]”, conta Gustavo, diretor entre 2019 e 2021.
Outro egresso da UEPG, João Herche Cavasotti, também tem seu próprio negócio, no qual é sócio de Luiz Augusto Ribeiro Franco Junior. Os dois são profissionais destacados no Paraná e falaram com os alunos sobre a importância do planejamento e do profissionalismo para o sucesso na área de Engenharia.
Professores que orientam
Egressa da UEPG e hoje professora no curso de Engenharia, Marina Gadens Berton Zaika é uma das docentes que supervisionam a Engenium. Atualmente, é ela quem assina os projetos desenvolvidos pela EJ. “A experiência na empresa júnior é diferente do estágio. Neste último, você geralmente é um funcionário que recebe ordens, sem estar na liderança de equipes ou em comunicação direta com o cliente. Por isso, participar da EJ tem esse diferencial”, explica.
Marina também detalhou que, como não há fins lucrativos, os recursos provenientes dos serviços prestados a preços acessíveis para a comunidade são sempre reaplicados na própria organização, seja para pagamentos de compromissos financeiros ou para a modernização de equipamentos e softwares utilizados pelos membros da Engenium. “É como uma empresa convencional, para que eles tenham essa noção”, completa.
A Engenium oferece serviços de projeto arquitetônico, hidrossanitário, elétrico, de reforma e ampliação, de regularização, de readequação para empresas, de compatibilização de projetos e plano de prevenção de incêndio. Para conhecer o portfólio e contratar a Engenium, basta ligar ou mandar mensagem para o telefone (42) 98432-3718 ou acessar o site .
O que são Empresas Juniores
As empresas juniores (EJs) são organizações sem fins lucrativos constituídas por acadêmicos que aplicam na prática, sob a supervisão de um professor ou grupo de docentes, os conhecimentos obtidos durante a graduação. No caso da Engenium, que existe desde 2015, os serviços oferecidos concentram-se na área da Engenharia Civil. Para fazer parte dela, os alunos interessados se submetem a processos seletivos. A Engenium oferece soluções com preços acessíveis, contando com a supervisão e orientação de professores especialistas em cada segmento. Qualquer pessoa pode contratar os trabalhos da EJ.
Texto e fotos: Helton Costa