Internacionalização de startups: exportando o Futuro

Provavelmente outras pessoas, assim como eu, devem sentir orgulho do Ecossistema de inovação que temos aqui em Pernambuco, de tanto que ouvimos falar, mas não necessariamente o conhecemos por dentro. Por este motivo, já há uns 6 anos, tenho me envolvido com este universo da tecnologia, para entender o “mindset”, a complexidade e a rapidez da lógica destes profissionais. E me encantei com tudo.

Conectando esta descoberta com o que faço há mais de 25 anos que é trabalhar com Comércio Exterior, iniciei um processo de divulgar as possibilidades internacionais para as nossas Startups, mostrando que podemos ganhar o mundo, também na área de tecnologia. Já participei de seminários, dei palestras, até escrevi um capitulo de um livro com este foco de internacionalização: “Ponte para o Mundo”, e recentemente fui conhecer outros ecossistemas no Brasil.

Após este benchmark, comecei a entender que algumas das empresas de tecnologias que já estão se internacionalizando ou estão no processo de se internacionalizar possuem um aspecto em comum: o fato de um dos membros da equipe ser de Relações Internacionais ou de Comércio Exterior. O que faz todo sentido, porque essa pessoa estará, dentro do time, sempre com o olhar internacional, a conexão com outros mercados e possibilidades.

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E se isto tem lógica, temos aqui em Pernambuco os dois grandes pilares para este projeto decolar facilmente: um dos maiores ecossistemas de tecnologia do Brasil e, pelo menos, 4 cursos de Relações Internacionais, que formam semestralmente os novos internacionalistas, inclusive coordenei um desses cursos por mais de 7 anos. Ou seja, temos, mais uma vez, o melhor dos cenários para este foco internacional: boa formação dos jovens universitários na área de relações Internacionais, reconhecido ambiente de inovação nacional e uma rede consular forte e estruturada.

E o que precisa ser feito? Divulgar esta possibilidade, conectar estes dois mundos, e colocar em prática esta conexão, garantindo que uma primeira startup nossa ganhe novos mercados internacionais. Portanto, esta iniciativa tem duas frentes de ação. Uma, a de abrir os horizontes para estes estudantes internacionalistas, que até então possuem, basicamente três áreas de atuação: Diplomacia, Terceiro Setor e Comércio Exterior. Agora terá a de internacionalização de Startups. É juntar a juventude, conectada e bem formada, com o universo internacional e de tecnologia.

E a outra frente é de fomentar este universo internacional junto às startups. Um aspecto de cultura internacional que é bem difícil de vencer, inclusive para as empresas de bens tradicionais. Para esta ação, já está sendo organizado um conjunto de palestras e eventos para difundir esta possibilidade, conversando com cada consulado para entender o que pode ser feito, o que já é feito e não se consegue dar uma boa divulgação, e ainda o que poderá ser feito em parceria com vários países. Inclusive o Rec’n’Play, em Novembro, será palco para vários destes momentos e conexões.

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Este, como todo projeto que me envolvo, não é feito com poucas mãos, nem com mãos exclusivas… Estamos em pleno processo de definir as etapas e as ações. Trabalho não vai faltar! Todo apoio é bem vindo, para que este projeto seja um sucesso. Seja parte desta Transformação e vamos EXPORTAR O FUTURO.

*Gustavo Delgado é Consultor de comércio exterior de internacionalização de empresas, Diretor de OCCA, Diretor de inovação da ABDAEX, Coordenador de MBA em Comércio exterior, Coordenador dos cursos de Gestão da UNIFBV e Mestre em Economia.