Quem dá mais? Wilson Sons (PORT3) pode ter ‘guerra de lances

A Wilson Sons (PORT3), empresa de logística portuária, está ‘na vitrine’ e pode ser comprada nos próximos meses. O próprio controlador, a Ocean Wilsons Holdings Limited (OWHL), já informou a intenção de fazer uma revisão estratégica de seu portfólio.

Desde o início do ano, se especula sobre quem poderá adquirir a companhia, que é o maior operador marítimo do mercado brasileiro, com mais de 186 anos de experiência.

Porém, na última quinta o assunto voltou a esquentar, após notícia do Valor Econômico de que a empresa global de infraestrutura I Squared Capital está considerando lançar uma oferta pública voluntária para adquirir o controle (e até 100%) da Wilson Sons, sem indicar um preço de negócio ou quaisquer outras condições da oferta potencial.

Em resposta, o OWHL disse que interrompeu as negociações com a I Squared, ao mesmo tempo em que confirmou que está em discussões ativas com outra parte interessada envolvendo a aquisição da participação da OWHL na Wilson Sons. A OWHL possui 56,5% da Wilson Sons.

Segundo o Bradesco BBI, o aviso sugere uma potencial guerra de lances para a empresa.

“O fato de o acionista controlador Ocean Wilsons estar conversando com outro potencial comprador para sua participação na Wilson Sons pode aumentar o preço de aquisição”, coloca.

Nos cálculos dos analistas, o preço da aquisição pode ser de e R$ 24 (um upside de 40%), a um múltiplo 9x EV/Ebitda (valor de mercado sobre resultado operacional) 2025, refletindo:

• negócios recentes em reboque em aproximadamente 8,5x;

• 10,5x para terminais de contêineres, em linha com a oferta feita pela CMA CGM para a Santos Brasil em 23 de setembro;

• logística em 6x; e embarcações de apoio offshore em média 5,5x.

Em 2021, a I Squared pagou 16x EV/Ebitda por Puerto de Barranquilla.

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“Uma oferta deve ser anunciada nas próximas semanas, com direitos de tag along, apresentando uma oportunidade de alta. Mantemos nossa recomendação de compra e preço-alvo de R$ 24 para a Wilson Sons”.