Houthis retomam ofensivas e atacam navio três vezes no Mar Vermelho

Um petroleiro com bandeira liberiana foi atacado três vezes ontem no Mar Vermelho, em uma delas com um barco-drone cheio de bombas. A ofensiva marca o início da mais recente campanha dos rebeldes houthis do Iêmen em resposta à guerra Israel-Hamas, disseram autoridades.

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Os ataques ocorrem enquanto o principal patrocinador dos rebeldes, o Irã, considera uma possível retaliação contra Israel pela morte do líder político do Hamas Ismail Haniyeh no mês passado em Teerã, capital do Irã, o que renovou os temores de uma guerra regional mais ampla no Oriente Médio.

Os ataques dos houthis já interromperam o fluxo anual de mercadorias no valor de US$ 1 trilhão através da rota marítima crucial para o comércio entre Ásia, Europa e Oriente Médio, além de provocar os combates mais intensos para a Marinha dos EUA desde a 2ª Guerra Mundial.

O Delta Atlantica, de bandeira grega, foi atacado pela primeira vez quando dois explosivos detonaram perto dele, segundo o Centro Conjunto de Informações Marítimas, uma força multinacional supervisionada pela Marinha dos EUA.

Um pequeno navio “piscando luzes” para o petroleiro carregado se aproximou durante o incidente, disse o centro. Mais tarde, um pequeno navio piscou luzes para o Delta Atlantica antes de uma nova explosão próxima a ele, de acordo com o centro.

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O terceiro ataque ocorreu horas depois, a cerca de 180 km a noroeste da cidade portuária de Hodeida, controlada pelos Houthis, o que levou uma força de segurança armada a bordo do petroleiro a abrir fogo.

Outro navio, identificado pelo centro como um petroleiro com bandeira do Panamá chamado On Phoenix, também sofreu uma explosão ao largo de seu lado na terça-feira, mas igualmente não sofreu danos, informou o centro.

Os houthis ainda não reivindicaram a responsabilidade pelos ataques, embora às vezes esperem dias para fazê-lo, e outras vezes reivindiquem ataques que parecem não ter ocorrido.

Os houthis têm atacado mais de 70 embarcações com mísseis e drones desde o início da guerra na Faixa de Gaza em outubro. Eles apreenderam um navio e afundaram dois na campanha que matou quatro marinheiros. Outros mísseis e drones foram interceptados por uma coalizão liderada pelos EUA no Mar Vermelho ou falharam em atingir seus alvos.

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Os rebeldes afirmam que têm como alvo navios ligados a Israel, EUA ou Reino Unido para forçar o fim da guerra de Israel contra o Hamas em Gaza. No entanto, muitos dos navios atacados têm pouca ou nenhuma conexão com o conflito, incluindo alguns com destino ao Irã. O centro disse que não encontrou nenhuma ligação entre o Delta Atlantica e a guerra em Gaza.

Os houthis também lançaram drones e mísseis em direção a Israel. Os israelenses responderam com ataques aéreos à cidade portuária de Hodeida, controlada pelos houthis, que atingiram depósitos de combustível e estações elétricas, matando e ferindo várias pessoas, dizem os rebeldes.

Após os ataques, os houthis suspenderam seus ataques até 3 de agosto, quando atingiram um navio porta-contêineres com bandeira liberiana que navegava pelo Golfo de Áden.