Em 1975, a ONU definiu 8 de março como o Dia Internacional da Mulher, atualmente adotado em mais de cem países. Só?
Bem, alguns países, por tradições religiosas anacrônicas ou “progressismos” genéricos, não dão a mínima para isso. Outros, talvez, o dispensem por já estar consolidado pelo bom senso. Para uns, é preciso lembrar sempre. Para outros, não é necessário, pois o respeito ao ser humano independe de distinções, protocolos ou imposições. É uma coisa tão lógica quanto natural, que remonta às origens da humanidade.
Pois bem, a vida é um dom de Deus, o que vale para tudo o que existe na natureza.
Com o tempo, cientistas acrescentaram, sem nada que viesse a negar essa origem divina, que parte dela surgiu do mar. É curioso que o mar seja cerca de 70% da superfície do planeta, assim como a água está no corpo dos seres vivos na mesma proporção.
Foi pelo mar que os seres humanos descobriram novas terras para viver e se multiplicar, cumprindo outro desígnio divino. O ventre feminino também é como o mar, pois nele “navegamos” antes de sermos dados à luz do dia.
Sendo assim, não tenho a menor dúvida de que a mulher é o ser humano mais importante do planeta Terra. Não à toa, outro nome que lhe é dado é “Mãe-Terra”. E mesmo na mitologia, seu nome também é feminino: Gaia! Isso sem falar na própria natureza.
Nossas vidas são contadas em dias a partir do nascimento, mas deveriam ser desde a concepção no ventre materno!
Então, por que falar em Dia Internacional da Mulher, se ela está na origem de tudo?
Ela é o “mar” da vida, que também é seara, onde sua semente é plantada. Assim, a mulher também é uma fronteira, que une o mar à terra, ambos férteis em vida.
Sim, a mulher é terrestre e marinha! Capaz de caminhar por qualquer vereda e de navegar pelos oceanos, dos mais calmos aos mais revoltos, sem perder o rumo. E ainda que esteja no limite entre a terra e o mar, é como um farol que alerta, conduz e dá sentido e direção à vida.
Nos oceanos da vida, ela é bússola, astrolábio e tudo o mais que ajuda a navegar, das estrelas do céu às estrelas do mar. Onde quer que esteja, em terra firme ou navegando, ela é marinheira e voluntária, sempre pronta a içar as velas, tomar o timão ou auxiliar os navegantes, que todos somos. E não há tempestade ou calmaria que supere seus instintos, sua infindável capacidade de amar, de se doar, de enfrentar desafios sem esmorecer, de domar as adversidades e dominar os elementos.
Toda mulher tem o dom de apaziguar tormentas e nivelar caminhos, da mesma forma que encontra motivos para superar limites, instigar e inovar.
Na mulher, não existe fraqueza! Ela é porto seguro, mas também a fortaleza que a torna e mantém assim.
Ela é a origem de toda a viagem dos seres humanos pelo mar da vida. Também é tripulante e capitã dessa nave, que é bela, ora veleiro, ora belonave, serena em tempos de paz, a postos em tempos sombrios.
Onde há sombras, ela surge como luz!
“Mulheres e crianças primeiro!” - é uma frase que sintetiza sua importância para o futuro da humanidade. No entanto, para o bom entendedor, também reconhece seu protagonismo em qualquer tempo, em qualquer lugar, em qualquer cenário.
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A sabedoria é feminina! A inteligência é feminina! A coragem é feminina!
Dia Internacional da Mulher? Apenas um dia para lembrar?
Não, pois a mulher é protagonista por excelência todos os dias. Então, todo o dia é da mulher em qualquer lugar: no céu, na terra e no mar!