Na última quinta-feira (13), um acidente envolvendo um caminhão carregado com um contêiner resultou na queda de uma passarela de pedestres na Rodovia Anchieta, no km 52, em Cubatão. O incidente causou um congestionamento de mais de 50 quilômetros, afetando diretamente o fluxo de veículos em direção ao Porto de Santos. Motoristas chegaram a ficar até 12 horas parados na rodovia, o que gerou atrasos significativos no agendamento de entrada de caminhões no cais santista.
A Autoridade Portuária de Santos (APS) rapidamente identificou o problema e tomou medidas para minimizar os impactos. Em situações normais, caminhões que não cumprem os horários agendados são penalizados com tarifas extras, mas, diante da gravidade do ocorrido, a APS decidiu suspender temporariamente essas penalidades.
Medidas Emergenciais: Suspensão de Penalidades para Motoristas e Empresas
A decisão da APS foi recebida com alívio por motoristas autônomos e empresas transportadoras. Luciano Carvalho, presidente do Sindicato dos Transportadores Rodoviários Autônomos de Bens da Baixada Santista e Vale do Ribeira (Sindicam), destacou que a cobrança do no-show (falta no agendamento) era uma grande preocupação. “A medida trouxe um respiro para os profissionais que estavam presos no congestionamento”, afirmou.
Além disso, Carvalho reforçou a necessidade de melhorias na infraestrutura da Via Anchieta, especialmente em relação à segurança e à capacidade de tráfego. A Ecovias, concessionária responsável pela rodovia, interditou os dois sentidos da pista após o acidente, liberando apenas a pista Norte na manhã seguinte. No entanto, o fluxo continuou lento, evidenciando a fragilidade do sistema viário.
Operações Portuárias Mantidas sem Interrupções, mas Infraestrutura Precisa de Soluções Urgentes
Apesar do caos na rodovia, as operações no Porto de Santos não foram impactadas. A APS garantiu que os terminais receberam os caminhões mesmo fora do horário agendado, e as cargas continuaram sendo movimentadas normalmente. “Os pátios reguladores de Cubatão abasteceram os terminais de grãos durante a madrugada, e as cargas conteinerizadas nos Redex (Recintos Especiais para Despacho Aduaneiro de Exportação) seguiram seu fluxo”, explicou a autoridade portuária.
Anderson Pomini, presidente da APS, ressaltou a urgência de ampliar a infraestrutura viária, incluindo a construção de uma terceira pista na Via Anchieta e a implantação de novos pátios para caminhões. Rose Fassina, presidente do Sindican, reforçou a necessidade de agilidade nas obras: “O transporte rodoviário de carga enfrenta sérias limitações, e a falta de alternativas gera prejuízos para todos”.
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Este texto foi desenvolvido pela redação do Jornal Portuário, para engajar o público do setor portuário e logístico, com informações exclusivas.