As inovações no setor portuário vêm crescendo a cada ano, seguindo pari passu com os avanços tecnológicos que estão revolucionando o mundo do trabalho nos terminais, mobilizando ativos significativos quando falamos de equipamentos portuários, investimentos em processos aliados a maquinários para a movimentação de contêineres e como consequência a redução de carbono e a substituição da matriz energética.
A performace, portuária tem sido cada dia mais desafiada a mudanças de comportamentos operacionais seguindo tendências mundiais, como exemplo a transferência de operadores de equipamentos externos para uma sala com mesas de controle, cadeiras ergonômicas e com ambiente climatizado.
Quando falamos dessa mudança precisamos levar em consideração o treinamento dado a esses operadores e principalmente a ambientação que para alguns, leva tempo essa nova realidade. Aliás, um dos questionamentos é: o que se faz com quem não se ambienta?
Em evento tecnológico realizado em São Paulo sobre a performace portuária foram colocados vários cenários quanto à mudança na forma de trabalho o que de fato é um grande desafio, porém para a grata surpresa de todos que tiveram a oportunidade de participar ficou claro que na questão do ESG as letras mais destacadas foram o (E) Environment o (S) Social, dadas como cruciais para a sustentabilidade do setor portuário com empresas reformulando os profissionais que não se adaptam à tecnologia embarcada nos equipamentos, designando-os para outras funções.
Ao tratarmos de meio ambiente, os terminais portuários vêm fazendo investimento maciço em equipamentos eletrificados mudando suas frotas tanto de caminhões quanto de RTGs, portos como Santos e Itapoá estão na vanguarda, contribuindo cada dia mais para a descarbonização.
Outro ponto importante ressaltado neste importante evento foi a questão da formação e treinamento dos operadores, que em alguns países são treinados por seus próprios companheiros de trabalho ou são levados para um trabalho de imersão em grandes fabricantes mundiais de equipamentos portuários.
No Brasil, escolas como SENAI vêm trazendo inovações em seus cursos tanto na compra de simuladores de ponta quanto na melhoria contínua de treinamento, estando no radar da entidade o treinamento por acesso remoto.
Mesmo com a propensão a mudanças como operação assistida, operação remota e posteriormente a automação dos equipamentos, vale destacar que menos de 9% dos terminais de contêineres no mundo são automatizados levando em consideração o Capex investido e Pay back do terminal, quando falamos no Brasil temos que levar em consideração o REPORTO que teve prorrogação por mais 5 anos e que não se sabe se irá prorrogar ou encerrar gerando insegurança para a importação de equipamentos além do tempo de arrendamento do terminal para que esse investimento valha a pena e haja um retorno no futuro para o terminal.
Outro ponto a ser levado em consideração é a padronização na integração dos sistemas na comunidade portuária para agilizar ainda mais os processos, que atualmente ainda é uma dificuldade a ser superada.
Com tantos fatores de mudanças e de desafios no setor, o investimento em pessoas ainda continua sendo o melhor retorno para podermos impulsionar o futuro do segmento portuário.
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