Versátil, biodegradável e abundante na natureza, a celulose é um dos produtos mais importantes para a economia brasileira. O Brasil é o maior exportador mundial dessa matéria-prima, essencial para a produção de papel, fraldas descartáveis, roupas, materiais de construção, medicamentos, cosméticos, alimentos e muitos outros itens do nosso dia a dia.
No MPor Pelo Brasil desta edição vamos falar sobre dados desse insumo tão importante para nossa economia. No ano passado, por exemplo, aproximadamente 19,6 milhões de toneladas de celulose saíram do Brasil para diversos destinos internacionais. Desse total, 8,1 milhões foram embarcadas pelo Porto de Santos, segundo dados da Autoridade Portuária.
O Porto de Santos lidera a exportação de celulose no Brasil, respondendo por mais de 42% do volume total. Essa liderança se deve ao tamanho do complexo portuário santista, o maior da América Latina, e à presença de cinco terminais especializados na movimentação do produto. Dali partem navios principalmente para a China, o maior mercado consumidor de celulose do mundo e principal destino da produção brasileira.
"Toda essa celulose vem do Centro-Oeste brasileiro, que conta com vastas fazendas de reflorestamento para atender à demanda da Ásia, além de parte do Norte da África e da Europa", explica o superintendente da Assessoria de Comunicação do Porto de Santos, Clóvis Vasconcelos.
O valor financeiro das exportações de celulose também impressiona: em 2023, o setor movimentou US$ 10,6 bilhões, sendo US$ 4,6 bilhões do mercado chinês, o que representa 43,7% do total. Outros compradores importantes foram os Estados Unidos (15,8%), a Itália (8,8%) e a Holanda (8,3%).
"Os esforços do Governo Federal estão voltados para investimentos em nossos portos. Melhorar sua infraestrutura significa fortalecer a economia, gerar empregos e renda para a população e impulsionar o desenvolvimento do país", destaca o ministro de Portos e Aeroportos, Silvio Costa Filho.
Modernização dos terminais
Diante da crescente demanda global, grandes empresas do setor investiram na modernização dos terminais portuários para garantir mais eficiência na exportação da celulose.
A Eldorado Brasil construiu um terminal de 53 mil metros quadrados, com capacidade para armazenar 150 mil toneladas de celulose. O local comporta até 72 vagões simultaneamente e permite o embarque de dois navios ao mesmo tempo, além de contar com sistemas logísticos automatizados. Desde sua inauguração, em 2023, a capacidade de escoamento da empresa passou de 1 milhão para 3 milhões de toneladas por ano.
A Suzano também investiu na expansão e modernização de seu terminal portuário T-32. Com isso, sua capacidade de exportação cresceu 43,5%, passando de 4,6 milhões para 6,6 milhões de toneladas anuais. O terminal, especializado em carga não conteinerizada, ocupa uma área de 33 mil metros quadrados e é estratégico para a logística de exportação do setor.
A Bracell, por sua vez, modernizou seu terminal no Porto de Santos, que tem uma média anual de 2,8 milhões de toneladas embarcadas. A empresa instalou guindastes automatizados para o descarregamento de vagões e o embarque em navios, buscando otimizar a logística intermodal e ampliar o volume transportado por ferrovias.
Com esses investimentos, o Brasil segue como referência global na exportação de celulose, garantindo eficiência e competitividade, tão importantes para movimentar nossa economia e garantir mais emprego e renda.
Assessoria Especial de Comunicação Social
Ministerio de Portos e Aeroportos