Junto com o programa de leilões dos terminais RIG 25 e RIG 40, o Ministério de Portos e Aeroportos pretende incluir nas concessões o canal de acesso ao Porto de Rio Grande. O repasse da gestão para a iniciativa privada tem o propósito de garantir a manutenção contínua da passagem diante da complexidade do serviço de dragagem.
Conforme a Portos RS, já está em andamento estudo técnico para encontrar a melhor forma de administração do canal.
A previsão é que o canal seja ofertado em leilão até o fim de 2026. Caso haja sucesso na concessão, o Porto de Rio Grande será, ao lado do terminal de Paranaguá (PR), um dos primeiros portos públicos a ter o modelo de gerência privada da passagem.
De acordo com o secretário nacional de Portos, Alex Sandro de Ávila, o arredamento faz parte do projeto do ministério de identificar novos potenciais para o desenvolvimento do porto e melhoria da mobilidade. “Queremos promover a
segurança da navegação e ter os investimentos realizados todos em dia. É previsibilidade, segurança e nível de serviço”.
A dragagem
Com a gestão privada do canal, o propósito é garantir o serviço de dragagem em dia e a com a previsibilidade de um calado adequado, assim como a segurança de boas condições de navegabilidade, a atração de maior volume de movimentação para o porto.
“Quando a gente faz a concessão, estamos buscando previsibilidade para o usuário, para o mercado, no sentido de saber que o canal concedido, sendo dragado, estará sempre com a manutenção em dia”.
O presidente da Portos RS, Cristiano Klinger, explica que a questão central em relação ao canal é encontrar a melhor alternativa que assegure uma dragagem contínua. “Desde a formação da Portos RS, em 2022, todo ano é executada uma dragagem, o que é fundamental”. O propósito é conseguir realizar esse serviço sempre para promover a
navegação e maior competitividade de Rio Grande.
“Estamos discutindo como porto qual o melhor caminho na intenção de ter um contrato continuado de manutenção tanto do canal de acesso a Rio Grande quanto da hidrovia”.
A exploração
Com a concessão, a empresa gestora irá receber a tarifa pública que é cobrada a todas as embarcações que entram no canal. Atualmente é esse recurso que é utilizado pela Portos RS para a contratação de obras de dragagens. A última intervenção foi realizada após a enchente de maio e custou cerca de R$ 100 milhões para ser executada.
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“Estamos já com o estudo em andamento, levantamento de sedimentações, até com o resultado das dragagens que a gente já fez” , conclui Klinger.
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