A Petrobras afirmou nesta segunda-feira que a diretoria executiva propôs investimentos da companhia entre 2025 e 2029 de US$ 111 bilhões (R$ 637 bilhões), montante que representaria uma alta de cerca de 9% na comparação com o programa anterior, de acordo com fato relevante.
A comunicação ao mercado ocorreu após o jornal Folha de S.Paulo revelar os valores. A Petrobras ressaltou, no entanto, que os investimentos deliberados pela diretoria ainda precisam ser aprovados pelo conselho de administração da petroleira. A reunião do colegiado para aprovação do plano está prevista para a próxima quinta-feira (21).
A reunião do colegiado para aprovação do plano está prevista para a próxima quinta-feira.
A alta indicada no programa de investimentos da Petrobras deve ficar abaixo da estimativa de crescimento do programa plurianual aprovado no ano passado, que havia apontado um aumento de mais de 30%, considerando projetos em implantação (US$ 91 bilhões) e em avaliação (US$ 11 bilhões).
A indicação de que os investimentos do plano plurianual devem crescer ocorre apesar de a empresa estar encontrando dificuldades desde 2023 para atingir as metas anuais de aportes, conforme reportou a Reuters em meados de outubro. A petroleira investiu menos do que o previsto no ano passado e diminuiu a previsão feita para 2024.
O novo plano de negócios virá meses após o presidente Luiz Inácio Lula da Silva ter feito uma mudança na cúpula da estatal, indicando Magda Chambriard para ocupar o cargo de presidente. A executiva recebeu a missão de acelerar investimentos, em áreas como refino, gás natural e construção naval, considerando que a Petrobras tem o papel de ser impulsionadora de empregos e renda no Brasil.
Após a mudança na Petrobras, a estatal anunciou uma série de acordos na área de fertilizantes, com o governo brasileiro buscando reduzir a dependência de importações do insumo fundamental para impulsionar a agricultura. O mais recente envolveu a norueguesa Yara, nesta segunda-feira (18).
Foco em petróleo
Como é tradição nos planos da Petrobras, a empresa afirmou nesta segunda-feira (18) que a área de Exploração & Produção de petróleo poderia receber a maior parte dos investimentos, estimados em cerca de US$ 77 bilhões, segundo o que foi proposto pela diretoria.
No plano anterior, a Petrobras previa US$ 73 bilhões, do total de US$ 102 bilhões.
A área de exploração ficaria com US$ 7,9 bilhões, em um período em que a estatal buscará abrir novas fronteiras como a Foz do Amazonas, na Margem Equatorial – ainda que aguarde um aval do Ibama para atuar na área.
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Em fato relevante nesta segunda-feira, a estatal afirmou que o plano apresentado pela diretoria projeta produção total de 3,2 milhões de barris equivalentes de óleo e gás por dia (boed), volume estável na comparação com o programa de cinco anos anterior.
Os investimentos em Refino, Transporte, Comercialização, Petroquímica e Fertilizantes (RTC) foram estimados em cerca de US$ 20 bilhões, acima dos totais de US$ 17 bilhões do programa anterior, que não contava com a rubrica fertilizantes.
Sobre a projeção de dividendos ordinários, a empresa disse que ficarão em faixa que começa em US$ 45 bilhões e flexibilidade para pagamentos extraordinários de até US$ 10 bilhões no período do plano.
No plano anterior para o período de 2024-2028, a Petrobras previu montantes entre US$ 45 bilhões e US$ 55 bilhões para a remuneração de acionistas, incluindo dividendos tradicionais, extraordinários e recompras de ações.
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