O Porto de Santos, um dos maiores e mais movimentados da América Latina, tem sido um símbolo de desenvolvimento econômico e estratégico para o Brasil. Nos últimos anos, a ameaça de privatização deste importante ativo nacional gerou intensas mobilizações e debates, em alguns deles estive presente.
A privatização do Porto de Santos, para alguns possa parecer apenas uma questão de política econômica, mas a realidade desta questão é sobre soberania e desenvolvimento social.
A propósito a luta contra a privatização do Porto de Santos foi uma batalha significativa que envolveu trabalhadores, comunidades locais e defensores da soberania nacional.
Mas a visão de muitos é contrária a dimensão da realidade, é evidente que a principal objetivo era evitar que o porto, um patrimônio público vital para a economia do país, fosse entregue a interesses privados, o que poderia resultar em demissões em massa, aumento de tarifas e perda de controle estratégico sobre uma infraestrutura essencial.
A resistência à privatização foi pautada por argumentos sólidos, não podemos nos esquivar em nenhum sobre essa linha divisória, tendo a manutenção do Porto de Santos sob gestão pública garantiria a preservação dos empregos existentes, assegurando que os trabalhadores não fossem vítimas de uma reestruturação focada exclusivamente no lucro. E assim o percurso segue.
Além disso, a gestão pública do porto garantiu a continuidade de políticas que priorizam a soberania nacional e o interesse coletivo sobre os interesses de grupos privados.
Graças a essa mobilização, conseguimos evitar a privatização e garantir que o Porto de Santos permanecesse sob controle público. Essa vitória foi fundamental não apenas para a preservação dos empregos aos quais comentei acima, como também da soberania nacional, mas também para o desenvolvimento econômico regional.
Atualmente a gestão pública continua a desempenhar um papel crucial no desenvolvimento e expansão do porto, promovendo um ambiente de trabalho mais estável e assegurando a reinvestimento dos recursos no próprio porto e nas comunidades ao redor.
No entanto, a luta não termina aqui. Agora, o foco é ampliar as oportunidades de emprego e promover o desenvolvimento social na região. A gestão pública do Porto de Santos deve ser um motor para o crescimento econômico inclusivo e sustentável. Isso inclui a criação de novas oportunidades de emprego, o incentivo ao desenvolvimento de pequenas e médias empresas locais e a promoção de políticas que favoreçam o progresso social e econômico.
Somos resistentes quando entendemos que o Porto de Santos deve ser visto como um catalisador para um futuro mais próspero e justo para todos. Devemos continuar trabalhando para garantir que o porto não apenas mantenha seu status como um ativo estratégico nacional, mas também contribua significativamente para o bem-estar e o desenvolvimento das comunidades locais.
A minha luta contra a privatização do Porto de Santos foi uma vitória importante, mas o verdadeiro desafio agora é garantir que este patrimônio público continue a ser um motor de desenvolvimento social e econômico. Com uma gestão pública comprometida e uma visão voltada para o futuro, o Porto de Santos pode e deve ser um exemplo de como a administração pública eficaz pode promover prosperidade e oportunidades para todos.
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por: Chico do Settaport é formado em Administração de Recursos Humanos. Ele é conhecido por ter promovido significativas mudanças no Sindicato dos Empregados Terrestres em Transportes Aquaviários e Operadores Portuários do Estado de São Paulo, atuando como líder das categorias vinculadas.
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