Luiz Cláudio deu início a sua carreira na área de Comércio Exterior em 2004, logo após uma transição de segmento, tendo antes atuado no mercado de telecomunicações. Mais só após ter concluído seu intercâmbio, enxergou realmente que as portas começavam a abrir. Um intercâmbio de cerca de três anos na Austrália foi o diferencial em sua carreira e recolocou no mercado de trabalho logo após o seu retorno ao Brasil, onde as oportunidades começariam a aparecer no segmentado pouco tempo depois.
Realmente, Luiz conta que estava estagnado. Isso lá em 2016, quando decidiu definitivamente fazer o intercâmbio. E para alcançar novos voos era necessário abdicar da tão famosa 'zona de conforto'. Ele conta que a chave realmente virou após essa guinada, onde foi preciso fazer escolhas que naquele momento pareciam ser fundamentais.
A experiência em morar fora do Brasil, foi fundamental para a melhorar a conversação em inglês oportunidade que faltava na minha carreira, ele descreve. Mesmo que tenhamos uma bagagem, chamada de 'experiência profissional' em qualquer que seja o setor, no meu caso o setor aquaviário, ter publicado um livro em 2014 não era um sinônimo de ápice a qualquer comemoração. Era necessário buscar novos desafios. "Era necessário empreender."
Hoje trabalhando na área de supervisão operacional em empresa portuária no Porto de Santos, empresa consolida no mercado que no momento do seu retorno ao Brasil no final do ano de 2019, investiu consideravelmente nessas novas habilidades que acabará de trazer na bagagem, e uma nova língua na manga. Ele acredita que esse segundo idioma é com certeza uma habilidade indispensável para quem deseja trabalhar em qualquer área do Comércio Exterior:
Falar uma segundo idioma, de preferência o Inglês, junto a formação acadêmica é importantíssimo, e ter um bom ‘networking’ na área também são pré-requisitos fundamentais, isso seguramente fortalece bons profissionais em qualquer área que atue. Alguns anos de experiência, não eram considerados um passaporte para novos desafios, lá em 2016 em meio uma crise econômica no país. Me vi dentro de uma bolha que estaria prestes a estourar, visualizando na prática algumas demissões em massa no setor. Descido então me arriscar e pedir liberação da empresa a qual trabalhava há 4 anos. E realmente, buscar o que acreditava ser importante para minha carreira.
Lembrando! A vida de quem faz intercâmbio com o dinheiro contado é bem difícil, mais não é impossível para quem já possui metas traçadas.
“E lá fui eu! Hoje várias companhias aéreas fazem a ligação entre a Austrália e o Brasil, mas todas com conexão. Há voos de mais de 40 horas, com longas escalas. Primeira parada após 14 horas, Joanesburgo, na África do Sul, Aeroporto Internacional Oliver Tambo é um aeroporto no distrito de Gauteng, gigantesco, lá permaneci por longas 14 horas, pois a minha próxima conexão seria apenas no dia seguinte para Perth a maior cidade do estado australiano da Austrália Ocidental.
Enfim! Seja Bem-vindo a Austrália, após toda essa travessia e trajetória descrita brevemente, pois sair da zona de conforto, acredite é realmente o pontapé inicial. Em retorno ao Brasil, aproximadamente 2 anos e meio depois, consegui uma boa oportunidade, já fora do mercado já se fazia quase 3 anos, percebi estar realmente no caminho certo. Daquele pontapé inicial, entendi que todos os esforços que havia passado, não forma em vão.
As oportunidades na empresa que estou desde o meu retorno ao Brasil em 2019, foram sendo construídas, nada de indicação, foi mesmo mão a obra, já com o currículo sendo enviados em inglês. As oportunidades foram aconteceram gradativamente, e através da ação esforço, assim creio eu. Pois, além dos objetivos que ainda buscava existiam as metas a serem alcançadas.
Hoje com 43 anos, e com mais e 15 anos de serviços prestados no segmento portuário, tenho uma visão mais apurada do que é ter experiência. Trabalhar nesse setor tem muitos desafios. Temos que lidar com questões logísticas, econômicas, de legislação, que ultrapassam as fronteiras e principalmente com pessoas esse é o maior dos desafios. Esses são fatores que não dizem respeito ao nosso país diretamente, mas que influenciam nosso trabalho diário e o resultado da empresa, o que, às vezes, pode estressar a cadeia na totalidade, mas faz parte”.
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