Operadores alertam para risco de rerda de “Timing” em investimentos

O Porto de Santos, maior complexo portuário da América Latina, enfrenta um desafio urgente: a necessidade de ampliar acessos terrestres e avançar com a dragagem para acompanhar o crescimento acelerado da movimentação de contêineres e demais cargas. Com a entrada em operação do Tecon 10 e o aumento constante da demanda, especialistas e operadores portuários alertam para o risco de perder o "timing" entre a expansão da infraestrutura e o ritmo de crescimento do porto.

A movimentação de contêineres no Porto de Santos atingiu patamares recordes nos últimos anos, impulsionada pelo aumento do comércio exterior e pela capacidade ampliada com o Tecon 10. No entanto, essa expansão trouxe à tona gargalos logísticos, especialmente na conexão entre o porto e os modais terrestres. Rodovias e ferrovias precisam de melhorias urgentes para garantir a fluidez das operações e evitar atrasos que impactam toda a cadeia logística.

Operadores portuários têm destacado a importância de sincronizar os investimentos em infraestrutura com o ritmo de crescimento do porto. A demora na ampliação dos acessos terrestres e na conclusão das obras de dragagem pode resultar em perda de competitividade para o Porto de Santos, já que outros complexos portuários na região também buscam atrair cargas e investimentos. O "timing" é crucial para manter a liderança do porto no cenário nacional e internacional.

A dragagem do canal de acesso e a ampliação das conexões terrestres são duas frentes essenciais para garantir a eficiência operacional do Porto de Santos. Enquanto a dragagem permite a atracação de navios de maior porte, ampliando a capacidade de recebimento de cargas, a melhoria dos acessos terrestres assegura a distribuição ágil das mercadorias para o interior do país. Investimentos nessas áreas não só resolvem gargalos atuais, mas também preparam o porto para futuras demandas.

O Porto de Santos está em um momento decisivo. A capacidade de absorver o crescimento da movimentação de cargas depende diretamente da agilidade em implementar melhorias na infraestrutura. Ações coordenadas entre o setor público e privado serão fundamentais para manter a competitividade e a eficiência do maior porto da América Latina.

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Este texto foi desenvolvido pela redação do Jornal Portuário, para engajar o público do setor portuário e logístico, com informações exclusivas